quarta-feira, 1 de junho de 2011

A indústria cultural aposta na padronização, mas arte é liberdade

O que seria de nosso mundo se no passado não houvesse a transgressão de regras? A crise do conhecimento pode ser superada sem a ajuda da arte? São algumas das questões tratadas no sexto episódio da série Cultura Viva, que trata sobre cultura e liberdade. O cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil define qual liberdade é perseguida e provocada pela cultura: “Liberdade de circulação, de expressão, de opinião… liberdade amplas variadas.”  


 

Industria Cultural

 
 
O mundo vive num sistema econômico-político-cultural capitalista e o surgimento da sociedade capitalista transformou as manifestações culturais em produto. Este cenário desencadeou a formação da indústria cultural, que é o conjunto de empresas, instituições e redes de mídia que produzem, distribuem e transmitem conteúdo artístico – cultural com o objetivo de adquirir lucros.
A heterogeneidade da indústria cultural brasileira é percebida não somente no grau de diversidade cultural e territorial de nosso país, mas por focar conteúdos de culturas estrangeiras em detrimento de nosso conteúdo nacional. Quando ocorre em nossas mídias uma exposição de nossos valores e identidades, há o abarcamento de interesse comercial que interfere no que deve ser mostrado para adquirir audiência.
A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagem cultural pré – estabelecida e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do expectador. Para se manter e conquistar público , a produção cultural não objetiva somente a expressão artística , quando esta planejada sob pretensões profissionais.
A expressão tendencial elaborada com elementos artísticos é incluída num produto cultural como forma de diferenciação. A indústria cultural assim como toda indústria está atenta a custos, distribuição e retorno de lucros.
Um forte exemplo de indústria cultural é a televisão que apresenta pontos positivos em possuir ótima cobertura geográfica, penetração de público e variedade de conteúdo em vários horários, mas ao mesmo tempo apresenta conteúdos sensacionalistas e que escapam do consciente do expectador, cujo indivíduo possa vir a entrar em estado de alienação. Em outras mídias há o uso do termo “cult”, termo em inglês que significa obras com características específicas e com público direcionado e devoto.
A arte em geral , as manifestações histórico – culturais e a identidade de uma região servem como inspiração e conteúdo de obra e produto cultural.Em suma a indústria cultural busca produzir algo que conquiste público e relevância comercial e se ramifique em produtos licenciados.



Acessórios para Nerds!( Perfeito para o Dia dos Namorados).

Utilizando a outra parte da placa Mãe....

Que Imaginação...

Para fazer aparecer o rosto do pintor holandês Vincent Van Gogh foi preciso 2.070 camisas polo em 24 cores diferentes.

O que era Industria vira Arte!


 Curiosidades :               O que fazer com a velha placa mãe?

Essa é a pergunta que o artista plástico Steven Rodrig pode ter feito ao trocar de computador. Aliás, essa é a pergunta que milhões de pessoas fazem todo dia no mundo inteiro.
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Usando toda sua criatividade, o artista resolveu então fazer o que sabe de melhor: arte. Ele criou esculturas incríveis a partir de lixo eletrônico – não aquele de seu webmail, mas as placas de computadores velhos e inúteis.
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Insetos, cidades, livros, animais e até sapatos, tudo é inspiração para as obras formidáveis desse artista. Você pode conferir mais no site www.pcbcreations.com
06/06/2010 07h22 - Atualizado em 06/06/2010 08h05

Utensílios de casa viram robôs nas mãos de designer

Brian Marshall cria mini robôs com sucata.
Criações estão à venda na internet.

Do G1, em São Paulo
Adoptabot estão à venda na internetAdoptabot estão à venda na web (Foto: Divulgação)
As sucatas de muitas casas são transformadas em robôs bem criativos nas mãos de um designer.
Quando criança, Brian Marshall sempre gostou de brincar de inventar coisas com o lixo dos vizinhos. Já crescido, ele agora transforma relógios, latas, liquidificadores e até garfos em robôs graciosos. Batizadas de Adoptabot, as criações podem ser compradas pela internet e até encomendadas.
Lixo vira arte nas mãos de designerLixo vira arte nas mãos de designer (Foto: Divulgação)

Incentivo à Arte e Preservação Ambiental

Tássita Araújo/Campina Grande - PB em 04/04/2011

Na próxima terça-feira, dia 05, o SESI Paraíba em parceria com a Plasnog Indústria de Artefatos e Plástico Nogueira, irá realizar a inauguração dos espaços reambientalizados na empresa a partir dos rejeitos descartados pelas indústrias.
 
O projeto que utiliza recursos de artes plásticas na ambientação estrutural da empresa se desenvolveu em diversas etapas, e teve o objetivo de introduzir os colaboradores no desenvolvimento das artes plásticas transformando o que a empresa descarta em arte aliando a reambientalização da empresa com as idéias dos próprios colaboradores.
    
A primeira etapa do projeto deu inicio com a realização de oficinas para os colaboradores envolvidos no projeto. Nas oficinas eles participaram de explanações sobre reciclagem, desenho básico, desenho de criação, atividades manuais de reciclagem usando garrafas PET, mosaico, restauração, entre outros temas que foram escolhidos a fim de prepará-los para os trabalhos artísticos realizados na empresa.
 
A segunda etapa foi a de identificação de alguns rejeitos industriais que a Empresa Plasnog não possuía e que os colaboradores, junto com a equipe do projeto, viram a necessidade para a ambientação da Empresa, como ferro, cerâmica e granito. Após identificar os materiais que seriam utilizados, foram feitos contatos com algumas empresas a fim de fazer parcerias para utilizar os rejeitos das mesmas.
 
As empresas que se consolidaram como parceiras do projeto foram Isfel com a sucata de ferro, a Cerâmica Elizabeth com rejeitos de cerâmica a Granfuji com rejeitos de granito e a pneus cobra.
 
A terceira e última etapa do projeto foi o desenvolvimento das atividades práticas, seguindo o desenho com as idéias elaboradas pelos colaboradores, onde foram Iniciadas a recuperação e pintura dos ferros que seriam utilizados nas fachadas, e em seguida deu inicio ao trabalho principal do projeto, que foi a arte em mosaico para a fachada da empresa.
 
Os espaços transformados na empresa formam os muros, jardins e o cantinho do repouso. No total 12 colaboradores da Plasnog participaram do projeto.
http://fiepb.com.br/noticias/2011/04/04/incentivo_a_arte_e_preservacao_ambiental
 

16/03/2011 12h02 - Atualizado em 16/03/2011 14h37    (Notícia Modificada)

PARA ACESSA-LA POR COMPLETO VÁ: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/03/industria-da-moda-e-fascista-diz-vocalista-do-chicks-speed.html

'A indústria da moda é fascista', diz vocalista do Chicks on Speed

Cantora diz que atitude do estilista John Galliano é 'nojenta' e 'chocante'.

Marcus Vinícius Brasil Do G1, em São Paulo
A cantora Alex Leslie (à esquerda), do Chicks on Speed (Foto: Divulgação)A cantora Alex Leslie (à esquerda), do Chicks on
Speed (Foto: Divulgação)

Desde que criaram a banda, há 14 anos, Alex e Melissa já misturavam música e moda. Em clipes como o de “We don’t play guitars”, um de seus maiores hits, as garotas aparecem vestindo trajes espalhafatosos e coloridos. (Um iPod de primeira geração, logo no começo do vídeo, mostra como o tempo passou...)

Atualmente, os shows mais se parecem com performances artísticas. Alex e Melissa já tocaram em museus como o MoMA e, nessas ocasiões, juntam vídeo, figurinos ousados, coreografia...

Isso faz parte do que Alex considera outro lado da moda; aquele que aparece fora das passarelas.

“Acho que alguém precisa repensar o que é a moda. Abri-la mais para colaboração, criar mais transparência. Que não existam pessoas icônicas. A indústria é muito fascista, com essa ideia de que é preciso haver líderes.”
Alex Leslie (à esq.), acha que a moda tem que ser mais coletiva e transparente; ela considera a indústria fascista e carente de transparência (Foto: Divulgação)Alex Leslie (à esq.) acha que a moda tem que ser mais coletiva e colaborativa; ela considera a indústria fascista e carente de transparência (Foto: Divulgação)
Ela cita o estilista britânico John Galliano, antigo chefe de criação da Dior. Galliano foi preso em Paris no mês passado por fazer insultos racistas e, depois, demitido da grife. Em um vídeo divulgado pelo jornal “The Sun”, apareceu dizendo amar Hitler.

“Acho isso nojento. É chocante. Não acho saudável que as pessoas se tornem tão obcecadas por algo, seja na moda ou na música. Obcecadas pela auto-imagem, por ser melhor que todos.”


Pop Art-A Arte do Capitalismo





A Arte dos Grandes Centros Industrializados
Na metade do século XX, as grandes civilizações, já reestruturadas e em vertiginoso aumento populacional, bem como crescente capacidade industrial, percebe-se o enorme consumo de produtos e artigos. É nesse contexto que surgem e ganham força dois modos de expressão artística.
• A Op-art: O nome deriva do inglês que significa “arte óptica”. Suas representações constituem-se de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas, que combinadas dão sensação de movimento ao espectador, além de que, se vista sob um novo prisma, altera-se sua interpretação. A intenção do movimento era simbolizar as constantes mudanças da realidade encaradas pelos seres humanos. Principais representantes: Vasarely e Alexander Calder.
• A Pop-art: esse movimento, cujo nome em inglês significa “arte popular”, iniciou-se nos Estados Unidos, na década de 60. Seus artistas inspiravam-se no cotidiano das cidades norte-americanas, e desejavam romper com barreiras entre a arte e a rotina. “Os recursos expressivos da art pop são semelhantes aos dos meios de comunicação de massa, como o cinema, a publicidade e a tevê” (GRAÇA, 2005, p.170). Seus principais temas são os dirigidos à população urbana: produtos, utensílios e inclusive imagens de astros de Hollywood. Seu artista mais significativo foi Andy Warhol, que fez uma composição colorida de fotos da artista Marilyn Monroe.

Casas Bahia-Dia das mães--

 Uma bela propaganda como essa não é comum  vermos na televisão.A preferência por atores e atrizes famosos de pele clara são as mais pedidas pelas agências.È evidente que mesmo após a Abolição da Escravatura no Brasil em 1888( Lei Àurea)  e com a criação da lei contra o racismo(LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 )
 vemos ainda muitos traços dele na população, principalmente pela mídia,um dos maiores obstáculos no combate a Discriminação Racial(A mídia é uma grande difosora de idéias e preceitos na sociedade).

*///Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Paraná mostra que ainda há preconceito na hora de escolher atores para campanhas de mídia impressa. Acesse : http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=797928
Aqui seleciono os trechos de maior impacto e interesse:
*...apenas 7,3% das pessoas presentes nas campanhas publicitárias eram negras. Além disso, um negro dificilmente aparecia sozinho em uma propaganda e em nenhum caso fazia uso da linguagem.

*///O professor de Neli, Paulo Baptista da Silva, é o orientador de um dos principais eixos de pesquisa do Neab(Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros ). Ele afirma que há muito racismo na publicidade. “A figura do branco é a norma de humanidade, o belo. Já a imagem do negro aparece como sinônimo de feio e primitivo.” Ele diz ainda que a imagem do negro é muito estereotipada pelas mídias em geral e que, por isso, muitos publicitários teriam receio de relacionar as marcas com estas pessoas. As únicas exceções seriam grandes esportistas e músicos. Entre os atletas que mais aparecem em propagandas está Pelé. “Mas o Pelé não é branco nem negro, é o Pelé”, diz o professor.

Mas Propagandas como essa e outras que envolvam o Afro-Descendente na publicidade prometem melhorar conforme diz  o diretor de criação da OpusMúltipla, Renato Cavalher:
*///...proporcionalmente à população, aparecem poucos negros nas propagandas. Mas ele garante que o interesse em diminuir esse preconceito vem aumentado, tanto por parte das agências quanto dos clientes. “Em propagandas destinadas ao público infantil, comuns na agência onde trabalho, eu procuro fazer um mix de raças”, exemplifica. Cavalher vincula o aumento do interesse na presença do negro a uma mudança ligada às telenovelas, algo com que Baptista da Silva concorda. “Há empregadas domésticas negras, mas não são mais 100% de empregadas domésticas negras”, afirma o professor.






Reclame- Musica na Propaganda

È um vídeo interessante!
Prós e contras vocês podem conferir aqui:
*Nizan Guanaes, da Africa, está no vídeo(
Ele é um empresário e publicitário brasileiro)

Palavra de um Cineasta

ARTE OU INDÚSTRIA ?
(Gustavo Dahl é cineasta e Diretor-Presidente da Agência Nacional do Cinema)

O mais antigo dos lugares comuns sobre o cinema corresponde, no entanto, a uma situação verdadeira.
Esta sua dupla natureza coloca um dilema que na realidade é falso. Não é OU, é E. Arte e indústria. Em
economia é fundamental estabelecer prioridades, tudo é “ou”. Na política, como na vida, as coisas podem ter
que ser ao mesmo tempo. E agora. Arte, cultura, são os filmes. Cinema são eles passando numa tela para o
público. Sem o qual o fenômeno não se dá. O conjunto de atividades e serviços que levam até o espectador é,
como chamam os americanos, indústria. Uma cadeia econômica em que os elos da produção, distribuição,
exibição e difusão nos meios eletrônicos se comportam sistemicamente, como vasos comunicantes. Ao longo
do tempo, os cinemas nacionais puderam verificar que era bem mais fácil fazer filmes do que estabelecer uma
cinematografia. A assimetria característica do mercado cinematográfico e audiovisual mundial, dividido entre
o cinema hegemônico e o resto, induz a considerar longínqua a meta da auto-sustentabilidade. A utopia
possível, como diz o outro. A não sê-lo, joga-se para todo o sempre a indústria e a arte cinematográfica na
integral dependência do estado. Cujos governos, como se sabe, mudam. O Brasil, carente de recursos que
enfrentem o déficit social secular, estaria sendo negligente e irresponsável ao não procurar retirar de seu
próprio mercado aquela eventual parcela de retorno do investimento estatal. Continuar a sub-explorar os
filmes, tanto nas salas quanto nos mercados ancilares ( vídeo/DVD, televisão aberta e paga, exportação) lesa o
país.
Inegável a importância da produção de filmes, longos, curtos, documentários, qualquer que seja o
formato e a modalidade de registro, como forma de expressão individual ou da sociedade. Como o é também
que não é só nos filmes autorais, “de arte”, que ela está presente. A indústria do entretenimento americana,
com seus filmes de gênero e suas cantoras sexy é parte integrante do ethos nacional e o Departamento de
Estado sabe disto há setenta anos. De brinde, oferece o marketing mundial dos produtos e valores da
sociedade americana. Valores e hábitos de consumo. No futuro, a garrafa de Coca-cola classic, com seu
design magistral, será um ícone do século XX. E por falar em “bomboniére”, as pesquisas demonstram que no
Brasil como em Paris, berço do cinema e da cinefilia, 93% das pessoas acorrem às salas, pasmem, para se
divertir. Como o povo não se engana, é possível que a primeira função social do cinema seja a higiene mental
da população. Fornecer-lhe lazer diferenciado é melhorar sua qualidade de vida.
O Brasil possui grande vantagem comparativa sobre muitos outros países que lutam por um cinema
nacional: seu mercado interno. É evidente que a perversa concentração restringe o número de salas e
espectadores. Tomados em conjunto, os brasileiros vão uma vez ao cinema a cada dois anos. Mas as pesquisas
feitas pelos exibidores confirmam que, na verdade, dez milhões de brasileiros freqüentam as salas oito vezes
por ano. Réplica cruel da concentração de renda, a única vantagem é que há espaço para crescer. Vários
produtos de consumo seletivo encontram-se em situação parecida: se não saírem do topo da pirâmide social
não criarão escala econômica que os viabilize. É irônico imaginar que a redistribuição de renda, imposição de
justiça, será ditada por uma necessidade mercadológica do próprio consumo. Para podermos ser bem
explorados é indispensável uma sociedade mais justa e para o bom entendedor meia palavra basta. É possível
vislumbrar uma situação de mercado interno que deselitize o consumo cinematográfico. E enfrente seu
principal problema que é a expansão da base de espectadores, incorporando a classe média e as que lhe estão
abaixo. Enfim, a inclusão cinematográfica, ampla, geral e irrestrita.
Seguramente os resultados comerciais de um filme, além de corresponderem a padrões de consumo,
podem indicar vitalidade social. O espectador comum também é gente. Isto não significa, porém, que outro
tipo de resultado não possa corresponder a outros tipos de filmes. Até mesmo porque, grande ou pequeno,
todo filme tem seu público, é uma questão de achá-lo. Sucesso não se dá só na contemporaneidade do espaço,pode verificar-se ao longo do tempo. Permanência é seguramente a forma mais nobre dele, os gregos que o digam. Um filme pode viajar e encontrar novos públicos ou um reconhecimento maior, diverso do que teve em sua origem. A qualidade de seu público em termos de formação de opinião, de prestígio intelectual e
artístico, é uma forma de resultado. A “imagem” que a própria sociedade e o mundo tem de uma
cinematografia nacional importa tanto e é tão preciosa quanto sua inserção no universo do consumo
massificado. Vide o caso do cinema iraniano. A diversidade de um cinema nacional, sua capacidade de
ampliar e enriquecer a experiência de vida de quem o assiste são valores intangíveis que nem por isso deixa
de constituir um bem material. Não há como renunciar a um cinema de invenção ou qualidade, por conta da
restrição de seu público. A circulação da obra entre a alta e a baixa cultura não é um fenômeno cristalizado.
Cartola ouvia Bach nas igrejas do Rio. Mas o cinema “de arte”, que pode ir até realizadores de sucesso
mundial como Woody Allen ou Pedro Almodóvar, é limitado àqueles 7% que vão às salas especializadas para verem filmes espertos. Sua repercussão é que é o padrão de resultados.
Logo cabem para o cinema brasileiro dois tipos de políticas públicas, cultural uma, industrial a outra.
Há países que as separam, como a Inglaterra. Outros que as juntam, como a França. Mas mesmo nela, farol
mundial da intervenção bem sucedida do estado no cinema, 80% dos recursos de fomento e estímulo
destinados à produção, exibição e distribuição do filme francês, passam por mecanismos que levam em conta
os resultados de mercado. E não há cota de tela que proteja nas salas de exibição os filmes nacionais.
Resultado de um ano de trabalho do Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria
Cinematográfica, a proposta de criação da Agência Nacional do Cinema levou em conta esta dupla realidade.
Num desenho institucional triangularmente simétrico deixou a política cultural do cinema brasileiro com a
Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura e colocou a política industrial no Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Junto à Casa Civil da Presidência da República criou o
Conselho Superior de Cinema, que reúne caráter interministerial e representação da sociedade, para a
formulação das políticas a serem executadas. Surge agora a perspectiva veleitária de vincular a ANCINE ao
Ministério das Comunicações, desconhecendo a natureza das atividades de uma e de outro. Este ministério
trata de radiodifusão e telecomunicações, aí incluída a telefonia. Ele é hardware e não software. Já tem uma
agência reguladora, a ANATEL, com perfil definido, que ainda não coloca a questão do conteúdo nacional.
Cuja presença na televisão paga ou na Internet é objeto de encarniçada disputa entre a principal televisão
brasileira e os conglomerados de telecomunicações internacionais. Trata-se de questão economicamente
diversa daquela cinematográfica. Ao contrário do que acontece no cinema, a presença do conteúdo nacional
na televisão aberta é muito forte. O problema é outro e se situa no âmbito do acesso da produção
independente à grade de programação. Se o momento de encarar a questão da presença do filme nacional na
televisão paga ou aberta é este, ela deve ser conduzida sem a ansiedade (ejaculação precoce) e a histeria
(insatisfação permanente) que infelizmente caracterizam a atuação política do cinema brasileiro.
É espantoso como antes de conseguir implantar um modelo que tem praticamente meio ano de
tentativa de funcionamento, com as dificuldades da hora, já se o questiona e se propõe um outro, confundindo
papel do Estado com o do governo. A tensão na qual vive o cinema brasileiro desde o fim da ditadura militar
(epa!) torna compreensível o atabalhoamento com que ligeiramente são feitas as propostas. A cultura é a
nossa força e a indústria nossa fraqueza. Por isso a competição, ainda que árdua, com o produto hegemônico
se dá preferencialmente no campo do mercado e da auto-sustentabilidade. Não é o cinema brasileiro uma
realidade industrial, é sua concorrência com o filme hollywoodiano e a portentosa força de consumo da
novela televisiva que o trazem para este campo. O embate e sua grandeza é dado pelo tamanho dos
adversários. A articulação entre a ANCINE , o Ministério da Cultura e a Presidência da República regendo a
interface com outras instâncias federais como o próprio Ministério das Comunicações, o das Relações
Exteriores, a Fazenda, entre outros, propõe um desenho institucional original e coerente. A vinculação da
ANCINE ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, insere o cinema e de certa forma
a própria cultura, nas políticas permanentes de competitividade, qualidade, produtividade, estímulo à
exportação, criação e penetração da marca Brasil. Abre uma perspectiva duradoura, mais além da fluidez do
organograma federal, que mudando a cada governo novo sinaliza a instabilidade institucional do aparelho de
estado brasileiro. O modelo já instalado, desde que não sofra mudanças intempestivas, dá a cada agente o seu
papel. A Casa Civil faz a política, a ANCINE junto ao MDIC a executa e o Ministério da Cultura desempenha
seu jogo de fomento à criatividade, à difusão do cinema brasileiro, à formação de público, à preservação e
sobretudo à criação de sua “imagem” junto à sociedade. Uma política nacional do cinema, de sua interface
com o audiovisual, com gestão coerente dos recursos públicos e potencialização da força cultural do país,
pode e deve ser tentada. Mais do que nunca ele precisa e merece a contribuição que seu cinema lhe pode dar.

Gustavo Dahl é cineasta e Diretor-Presidente da Agência Nacional do Cinema
Dezembro de 2002
.
Gustavo Dahl é um cineasta, crítico e gestor público de cinema brasileiro, naturalizado. Foi casado com a atriz Maria Lúcia Dahl.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A "Roda"do Capitalismo

Ultimamente nos preucupamos mais com o Ter que com o Ser.Na busca constante de sucesso,com trabalho incessante e pouca reflexão.O Capital nos enlouquece,esse é o fato.Quanto mais dinheiro temos,mais queremos gastar e mais queremos ganhar.Um ciclo vicioso.Esse é um sistema inteligente,onde os grandes e os pequenos empresários sugam toda vitalidade e tempo dos trabalhadores.Horas e Horas na labuta do dia-a-dia,restando poucos momentos para se relaxar e pensar.Podemos dizer que o ponto chave desse sistema( diferente de outros)é a possibilidade de mudança de classe:Você pode se mudar para bons empregos,montar seu próprio negócio( e ter muito sucesso)ou mesmo ser um funcionário público e ter a chance se tornar alguem acima da média,com um rendimento mensal muito acima dos da massa em geral.
Antes isso não era possível.Vejamos por exemplo na Idade Média,a sociedade era estamental,o que valia era seu nascimento.As coisas mudaram seu rumo com a Revolução Francesa,e a entrada da Idade Moderna,onde a Burguesia em geral( ou seja,pequenos burgueses e os grandes tiveram essa chance,porque antes,mesmo sendo rico,você não podia mudar de classe) teve a chance de se obter poder e influência na sociedade.E essa é uma das maiores forças que fazem o moinho do capitalismo girar,as pessoas trabalham,ganham e gastam( na esperança de se alcançar algo melhor no futuro)e com isso aumenta-se muito o consumismo e a possibilidade de se levar o país a sérios problemas econômicos é grande.

*Comprar pode dar a ilusão de felicidade,mas na verdade é apenas uma válvula de escape.(como se fosse possível preencher os espaços vazios com coisas fúteis e desnecessárias).Seja um consumidor Consciente!

Arte em Movimento

Nos primórdios o Ser Humano tinha vida nômade,linguagem pouco desenvolvida e apenas através das pinturas ruprestes eram demontrados sentimentos e trocavam-de ideas.Com o passar do tempo aconteceram diversas mudanças,e as formas de comunicação evoluiram tanto na forma escrita,e falada como na artística.Muitas variações artisticas ocorreram desde então como o surgimento da arte :

Mesopotâmica XXVIII  a.c
 Egípcia XX  a.c.
 Persa VI a.c.
 Grega V a.c.
 Romana III a.c.
 Bizantina V d.c.
 Gótica X
 Pré-Colombiana XVI
 Renascentista XV
 Barroca XVII
 Neoclássica XVIII
 Romântica XIX
 Com o decorrer do tempo,adotaram-se rígidas normas para a máxima perfeição e beleza na representação artística da realidade.Os críticos de arte ancoraram sua análise na fidelidade a tais normas.Porém no século XIX,a âncora começou a ruir com a chegada de movimentos que se ramificariam pelo século seguinte,influenciando todas as manifestações artísticas.Com isso temos:

Realismo: Que possui características como retratar cenas corriqueiras ,pessoas comuns,e alguns temas religiosos com desconcertante simplicidade.

Impressionismo:Decidindo não retratar mais coisas mas sim a Impressão que elas provocam nos sentidos,neste movimento os artistas pintavam ao ar livre,retratando e reproduzindo efeitos da luz natural sobre seres e´paisagens.Sua recusa a métodos e normas tradicionais abriu caminho a movimentos de vanguarda,que seriam reunidos sob o rótulo de Modernismo.

Expressionismo:Ainda mais chocante que os anteriores,essas pinturas não apresentavem compromisso com o belo,seu objetivo era retratar as emoções do artista diante da realidade.

Importante citar também o:Cubismo( utilização de formas geométricas),o Primitivismo(sua marca é a simplicidade e o não apego aos modelos tradicionais,envolvendo-os na descoberta de novos arranjos e possibilidades diferentes cores e formas),e o Surrealismo(retratando a "realidade" onírica(relativo a sonho)e imaginaria,ou seja,presentes nos sonhos e na imaginação).

E por fim:
Nos séculos XIX e XX,enquanto a fotografia modificava o olhar e a ação de pintores,o apego da arte experimental á simplicidade e sua recusa a métodos e normas tradicionais tornavam ainda mais dífícil a tarefa de diferenciar o que é e o que não é arte.E logo os movimentos libertários do Modernismo foram atropelados pela visão eclética da mistura que tanto escandalizava como agradava.Com ela,veio também a pop art,trazendo,para o campo da pintura,temas ligados ao consumo e ao caráter descartável dos produtos no mundo capitalista.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Desde os tempos mais remotos da Antiguidade, com o surgimento do Ser Humano, é possível observar seus avanços ao longo dos séculos. Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. 

Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.Tais pesquisas nos ajudaram(e ainda ajudam) a entender mais sobre nosso passado,nossos avanços e regressos ao longo do tempo. 
E quanto mais descobertas forem feitas,quanto mais informações tivermos acerca de nossos antepassados,menos erros serão cometidos e gratas serão as próximas gerações.Porque aliás "Conhecimento é Poder".